quarta-feira, 24 de agosto de 2011

TCC pode render frutos depois da formatura

TCC
O TCC (trabalho de conclusão de curso) leva pelo menos um semestre para ser produzido e a apresentação não dura mais do que algumas horas. Em muitos casos, depois da aprovação, o trabalho não tem aproveitamento algum e passa servir apenas para ilustrar currículos e portfólios. Em alguns casos, no entanto, o TCC pode proporcionar ganhos aos alunos que extrapolam o âmbito acadêmico.
Existem até algumas escolas que estimulam estudantes a pensar o TCC como parte da iniciação profissional. “Ele é tão aplicado à prática que no dia da banca são convidadas empresas parceiras para assistir à apresentação. Temos banca acadêmica e banca de mercado, esta última, opina sobre o que achou interessante”, conta Ricardo Nakai, professor de marketing da Esamc. Ele acredita que o TCC é uma oportunidade interessante para o aluno conversar com o mercado.
Não é apenas para os cursos voltados ao mercado que a possibilidade de desenvolver um TCC com aplicação prática existe. De acordo com Denizar Melo, coordenador do curso de fisioterapia da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), por exemplo, é comum o trabalho final servir como ponte para o mestrado. “O que se quer com o TCC, que é um trabalho que desperta no aluno o espírito empreendedor e cientifico, é que ele seja um grande laboratório, propicie vivência prática e possa resultar numa (proposta a ser apresentada num curso) stricto sensu“, afirma Melo.
Além disso, Melo afirma que há casos em que o aluno desenvolve novas técnicas ou equipamentos que são de interesse do mercado. O desencadeamento do trabalho de conclusão dependeria da intenção do aluno. “Para alguns é mais natural atuar no mercado. Já outros têm viés mais acadêmico. O que a gente procura é potencializar essas vocações”, explica Melo. Segundo Almeida, um dos requisitos para que o TCC obtenha sucesso comercial é o embasamento teórico. “O trabalho serve para consolidar o conhecimento e confrontar teoria e prática. É importante ter base e conteúdo”, acrescenta.
Direcionado ao mercado
j0439443                  O coordenador do curso de fisioterapia da PUC-RS defende a idéia de que para aproveitar o TCC depois da formatura, o aluno precisa estar atento às necessidades de mercado. “Ele tem de ter um bom problema para resolver. E, a partir dele, montar um bom projeto para organizar esquematicamente a solução”, recomenda Melo. No entanto, ele sugere que o aluno direcione essa busca para a área do conhecimento da qual ele mais se aproxima.
No curso de fisioterapia da PUC-RS, as pesquisas dos alunos são atreladas às linhas de pesquisa dos professores. “Os alunos desenvolvem parte da pesquisa dos professores. Às vezes, os professores reúnem grupos de alunos e cada um faz um capitulo de um livro, que pode ser publicado”, explica Melo. Por isso, ele recomenda para aqueles que têm interesse em levar o TCC ao mercado, que procurem professores e orientadores interessados em atuar na mesma linha. A própria universidade pode direcionar o desenvolvimento de trabalhos mais atraentes aos olhos do mercado. “Todo ano exploramos um segmento para ser trabalhado pelos alunos. Depende do que está em alta no mercado”, diz Almeida.
Oportunidade de padronização
Formado em agosto de 2007 pela PUC-RS, o fisioterapeuta Régis Mestriner atualmente aguarda a concretização do processo de transferência tecnológica da patente depositada a partir de seu TCC. No projeto que fez em parceria com Rafael Oliveira Fernandes, ele desenvolveu um sistema de fisioterapia respiratória que, apesar de mais barato que os similares, estava esquecido devido à falta de padronização. “O sistema já existia desde a década de 30, mas não tinha como ser executado com segurança”, resume Mestriner.
Trata-se de um equipamento, denominado coluna d’água, para reabilitação pulmonar em que oStudent paciente assopra ar para o interior de um recipiente por meio de um canudo. O fisioterapeuta pode regular a pressão interna e com isso exigir mais ou menos pressão por parte do paciente. O problema que prejudicava o uso desse método dizia respeito à resistência promovida pelo canudo à passagem do ar. Impossível de ser controlada pelo fisioterapeuta, comprometia o tratamento. “Embora seja um sistema alternativo a outros bem mais caros que existem no mercado, há muita resistência dos profissionais em utilizar, justamente pela falta de padronização”, lamenta Mestriner.
Os alunos tomaram conhecimento desse sistema numa aula do sexto semestre de Fisioterapia, quando o professor – que se tornou orientador do trabalho – propôs aos alunos que avaliassem o desempenho de diferentes tipos de material para execução dos procedimentos. Mestriner e Fernandes se interessaram e procuraram o hospital São Lucas, da própria PUCRS, onde conseguiram montar o sistema experimental e levantar os dados necessários para desenvolvimento do projeto. “A idéia inicial era padronizar o processo para usar no próprio São Lucas. O TCC nos deu a oportunidade de experimentar as idéias que surgiam. De algo que não esperávamos, conseguimos publicar até artigo”, comemora Mestriner.
Depois da apresentação do TCC, em agosto de 2007, a dupla continuou com o desenvolvimento do sistema visando o departamento de registro de patentes da PUC. Atualmente, a universidade, que depositou o registro, negocia a comercialização do sistema com empresas da área de saúde. Os trâmites estão sendo resolvidos pela universidade, que é quem levará, caso o processo seja bem sucedido, a maior parte dos lucros. Ainda assim, Mestriner e seu parceiro de TCC também terão retorno sobre o trabalho. “Estamos bem esperançosos de que aconteça. Toda a parte experimental foi feita durante o TCC. A única coisa feita depois foi o artigo”, conta Mestriner sobre o material publicado na revista científica da área de fisiologia respiratória Respiratory Care.
Fonte: http://www.biomedicinapadrao.com/
Postado por Graziele Ribeiro

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

V Simpósio Sergipano de Microbiologia

O grupo de Pesquisa em Microbiologia e Imunologia do DMO/CCBS/UFS, ciente de seu compromisso com a sociedade sergipana e exercitando o dogma universitário de ensino, pesquisa e extensão vem a oferecer dias 31 de outubro e 01 de novembro de 2011, o V Simpósio Sergipano de Microbiologia a ser realizado no Auditório da Reitoria no Campus de São Cristóvão. O mesmo contará com a presença de reconhecidos pesquisadores que proferirão palestras e mini-cursos visando atender os anseios dos alunos das diferentes áreas da nossa Universidade.
A Comissão Organizadora com o objetivo de adequar o programa em consonância com o perfil das atividades exercidas em Microbiologia no Estado de Sergipe, decidiu coletar as sugestões para a construção das diretrizes, ações e estratégias para a Programação do I Encontro de Controle de Qualidade Microbiológica.
Elaboramos um evento de alto nível científico e estamos certos de que o V Simpósio Sergipano de Microbiologia e o I Encontro de Controle de Qualidade Microbiológica será um sucesso.
Contamos com a sua presença para compartilharmos novos conhecimentos.
Um abraço,
Grupo de Pesquisa em Microbiologia e Imunologia
Departamento de Morfologia/UFS

http://sites.ufs.br/vssm

Postado por: Afrãnio F. Evangelista

domingo, 7 de agosto de 2011

Biomédicos atuam em empresas e pesquisas genéticas

biomedicina

     Nem só de análises clínicas vive um profissional com diploma em Biomedicina. As oportunidades para biomédicos têm acompanhado a expansão do mercado de trabalho e a necessidade de profissionais com especializações relacionadas à genética e biotecnologia.
         “A grande parte dos biomédicos atuam nas áreas de pesquisa básica ou no diagnóstico e análises clínicas, mas a procura por profissionais especializados em engenharia genética, fertilização in vitro e biotecnologia tem crescido nos últimos anos”, explica Eloi Francisco Rosa, coordenador adjunto do curso de Biomedicina na Faculdade São Camilo.
       Dados do Sindicato dos Biomédicos Profissionais do Estado de São Paulo mostram que as novas contratações de biomédicos no ano passado aumentaram 23%, em relação a 2009.
       “Os setores farmacêutico, hospitalar e de serviços, onde podem atuar os profissionais de Biomedicina, estão em processo de consolidação, com fusões e aquisições, o que aumenta a gama de oportunidades”, explica Juliana Nunes, sócia-gerente da consultoria Asap.
       O mercado está procurando biomédicos em diversos campos de atuação e com níveis mais altos de formação profissional. “Além das especializações na área acadêmica ou nas áreas de saúde, hoje observamos o surgimento de cursos voltados para gestão de laboratório, medicina nuclear e radioterapia”, diz Rosa.
     Um profissional formado em Biomedicina pode trabalhar também dentro das empresas, segundo Rosa, com correção de materiais científicos e também com a reformulação de laboratórios de pesquisa. "Uma outra tendência é a procura recente dos biomédicos por concursos públicos destinados às carreiras de perito criminal e análises forenses", aponta o coordenador.
      As universidades estão de olho na procura e aumentando o número de cursos de Biomedicina no país. Em 2012, a USP vai lançar bacharelado em ciências biomédicas, com 40 vagas, no ICB (Instituto de Ciências Biológicas, na Cidade Universitária).
Postado por: Graziele Ribeiro
Fonte: http://www.biomedicinapadrao.com/