quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Pesquisa realizada por membros da LABiM constata contaminação por germes em ônibus de Aracaju

Reportagem publicada no Jornal Cinform

Os ônibus do transporte coletivo de Aracaju levam bem mais do que passageiros, motoristas e cobradores. De acordo com uma pesquisa inédita, feita pelos alunos Valderez Santos, Tiago Nascimento e Thiana Reis, do curso de Biomedicina da Universidade Tiradentes - Unit -, os veículos carregam vários tipos de fungos e bactérias que podem causar alguns problemas à saúde. A pesquisa teve coordenação do professor Malone Santos Pinheiro.


O estudo analisou os ônibus após já terem rodado por cerca de sete horas. Foram colhidas amostras nas barras, nos leitores biométricos, onde os usuários colocam as digitais para passar na catraca, e nos assentos. Nos bancos. A análise das culturas revelou que 23% das amostras apresentavam contaminação por enterobactérias - coliformes - e 18% por "sataphylococcus aureus", um tipo de bactéria muito comum na pele humana.

A presença desses micro-organismos pode causar pequenas infecções na pele e problemas intestinais, como diarreias. O estudo mostrou também que os assentos são a parte do ônibus onde houve o maior nível de contaminação. "Esse estudo teve o objetivo de possibilitar a orientação de como os veículos podem ser higienizados", esclarece o professor Malone Pinheiro.

Ainda de acordo com este pesquisador, os níveis verificados nos veículos servem basicamente como referência para futuras pesquisas, visto que não há parâmetros locais que revelem se a incidência dos germes é ou não elevada. "A título de comparação, baseamos nosso estudo em uma pesquisa semelhante feita em banheiros públicos de Londres, na Inglaterra. Por lá, a concentração de bactérias foi de cerca de 15 unidades por centímetro quadrado, enquanto nos ônibus daqui foi de 35 unidades por centímetro quadrado.Ou seja, uma concentração quase três vezes maior", explica Malone.

DESLEIXO
Apesar de estes níveis de contaminação verificados na pesquisa causarem má impressão em leigos, em cientista da área eles não provocam alarde. São considerados moderados e, a princípio, não devem causar pânico nas pessoas. "Essas são bactérias que ocorrem de forma natural no ambiente e se propagam com o contato. Com o que as pessoas devem se preocupar é em sempre adotar hábitos de higiene assim que deixarem os ônibus. Embora não haja grande risco, a falta de cuidado pode provocar males digestivos", alerta Iza Lobo, gerente de Risco Sanitário do Hospital Universitário.

Os passageiros do transporte coletivo parecem não dar muita importância aos cuidados com a saúde após usarem os ônibus. O frentista Stanley Rodrigues até tira por menos. "Todo mundo sabe que as barras são sujas, pois todo mundo pega. Mas a gente precisa usar também e não tem essa preocupação", ameniza ele. Em verdade, seu ponto de vista reflete mesmo um alheismo geral.

O pior é que quando o usuário deixa o ônibus, termina ingerindo algum tipo de comida sem a devida higienização. As lanchonetes em volta da Rodoviária Velha, por exemplo, estão cheias de gente que consome alimentos sem se preocupar em estar com as mãos limpas. "Se a gente for ligar para tudo, não vive. A pressa, às vezes, faz com que a gente passe por cima do cuidado", diz o auxiliar administrativo Alex Lemos dos Santos, que resolveu comer uma coxinha assim que desceu do coletivo.

ÁGUA E SABÃO
Segundo o professor Malone Pinheiro, o uso de um detergente comum já seria suficiente para limpar os ônibus. "Ainda não sabemos como é feita a higienização dos carros. Se o produto for muito diluído em água, tecnicamente diminui a concentração do detergente. Seria interessante que pudéssemos trabalhar junto com as empresas", diz o biomédico.

Para o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju - Setransp -, é difícil acompanhar a forma como os ônibus são limpos, porque cada empresa adota padrões próprios. "Pode haver diferença no tipo de produto e na frequência com que os veículos são lavados", diz José Carlos Amâncio, superintendente do Setransp.

As empresas de ônibus admitem fazer a lavagem externa dos veículos e os varrer diariamente, mas não seriam tão cuidadosas quanto à higienização interna. "Fazemos dedetizações periódicas. A limpeza mais intensa por dentro é feita só uma vez por semana", revela Almir Xavier, chefe de Operações de empresa VCA.

Na Viação Progresso, maior empresa de coletivos da capital, que possui uma frota de cerca de 200 veículos, a lavagem externa dos ônibus também é feita diariamente. "A da parte interna, no entanto, é feita quando necessário. Lógico que em linhas com maior demanda, como a que leva mais crianças para a escola, por exemplo, a limpeza é feita todo dia. Já a dedetização é realizada toda a semana em 50 carros, de forma que em um mês toda a frota seja atendida", explica Alexandro Santos Alcântara, chefe de Serviços Gerais da empresa.

O professor Malone Pinheiro sugere que, diante das irregularidades nos procedimentos de limpeza, o ideal seria que fossem instalados recipientes com álcool gel nos coletivos, como uma maneira de que os próprios usuários fizessem a higienização antes de descer dos veículos.

Malone Pinheiro alerta que essa ideia ou o simples ato de lavar as mãos quando o passageiro voltar para casa ou chegar ao trabalho já seria o suficiente para afastar os riscos de contaminação. "As pessoas precisam criar o hábito de fazer isso constantemente", recomenda.






Para a aluna de Biomedicina Valderez Santos, a divulgação da pesquisa como manchete na edição no Jornal Cinform da última segunda-feira, 28 de novembro, é muito importante. "Trata-se de um estudo de grande impacto social, já que o ônibus é um veículo utilizado por grande parte da população que não tem muito conhecimento acerca da microbiologia. Por isso, a publicação em jornal faz com que os resultados dos estudos saiam da área acadêmica e atinjam toda a população", diz a estudante.  

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Dia do Biomédico é destaque na Unit

Profissional imprescindível na medicina mundial, o biomédico deve festejar muito o seu dia. Comemorado em 20 de novembro, a data foi destaque no calendário da Universidade Tiradentes.

Muita festa para esses importantes profissionais
A coordenação do Laboratório Central de Biomedicina – UnitLab – e a coordenação da saúde promoveram uma homenagem a esses profissionais. A coordenadora Ana Paula Prata, o coordenador-adjunto Malone Pinheiro e a professora Ana Maria Guedes realizaram a comemoração no UnitLab ao lado de estudantes do 7º período, que fazem estágio em análises clínicas no laboratório.

O coordenador da Saúde da Universidade Tiradentes, Hesmoney Santa Rosa, esteve presente e foi um dos homenageados. Ele aproveitou a oportunidade para falar sobre a importância do biomédico na saúde do Estado. “Foram muitos obstáculos vencidos para implantar o primeiro curso de Biomedicina do Estado e o segundo do Nordeste”, destaca.



Foi uma manhã de confraternização entre os profissionais e os futuros biomédicos. Segundo o coordenador-adjunto, professor Malone Santos Pinheiro, trata-se de uma data de extrema importância para os alunos e professores do curso de Biomedicina. “A comemoração ao Dia do Biomédico também tem um sabor especial para a Unit, haja vista ser o primeiro curso da área da saúde, o que proporcionou a então Faculdades Tiradentes tornar-se Universidade. Graças à Unit o Nordeste recebeu o segundo curso de Biomedicina e o primeiro em instituições privadas”.

De acordo com a coordenadora de Biomedicina, Ana Paula Prata, foi um ótimo momento para alunos e professores.“É importante comemorarmos este dia para que os nossos alunos se sintam prestigiados e valorizados. É também um momento em que podem conhecer um pouco do dia a dia do profissional formado pela Universidade Tiradentes”, afirma


Fonte: www.unit.br

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Unit participa do Congresso Alagoano de Biomedicina




Professores e estudantes da Universidade Tiradentes foram a Maceió participar do 8º Congresso Alagoano de Biomedicina. O evento foi realizado entre os dias 13 e 15 de outubro, na Faculdade Integradas Tiradentes, e contou com a apresentação de diversos trabalhos desenvolvidos no Laboratório de Análises Clínicas da Unit – Unitlab.
Professore e estudantes da Unit apresentaram diversos trabalhos desenvolvidos no UnitLab
Valdereis Fontes Santos, Tiago de Aquino Nascimento e Thiana Reis Nunes, alunos do 7º período de Biomedicina, falaram sobre a ‘Avaliação da diversidade microbiana presente no ambiente interno de ônibus coletivo do município de Aracaju-SE’, trabalho orientado pelo professor Malone Santos Pinheiro.
‘Diabetes mellitus: influência do gênero e do sedentarismo em um laboratório de análises clínicas em Aracaju-SE’, ‘Avaliação do perfil lipídico e índice de massa corporal dos pacientes diabéticos atendidos em um laboratório de análises clínicas em Aracaju-SE’ e a ‘Relação do clearence de creatinina com a estimativa do ritmo de filtração glomerular em laboratório privado de análises clínicas em Aracaju-SE’ foram outros temas estudados pelos discentes da Unit. Além dos já citados, Ângela Valéria Farias Alves, Afrânio Ferreira Evangelista, Graziele Ribeiro dos Santos, Marcela de Jesus Souza, Suely Andrade de Carvalho, Paloma Nascimento Félix, José Melquiades Rezende Neto e Ana Maria Guedes de Brito também fizeram parte do grupo que contou com a orientação das professoras Adriana de Oliveira Guimarães e Rachel Freire Boaventura.
Para o coordenador-adjunto do curso, a experiência foi muito válida para todos. “O 8º Congresso Alagoano de Biomedicina serviu como uma oportunidade de integração entre os alunos de Biomedicina da Unit e Fits, além de ter sido uma boa oportunidade para apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos do 7º período que atualmente estão realizando estágio obrigatório no Unitlab”, explica o professor Malone Santos Pinheiro.

Fonte: www.unit.br

Postado por: Afrânio Evangelista

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Criada nova vacina contra Aids com 90% de eficácia


Em sua primeira fase de testes, medicamento foi aplicado em 30 pessoas sadias, escolhidas entre 370 voluntários



Uma equipe de pesquisadores espanhóis criou um protótipo de vacina contra o HIV “muito mais potente” que os desenvolvidos até agora. Os testes conseguiram uma resposta imune para 90% das pessoas sadias que foram expostas ao vírus.
A descoberta foi apresentada quarta-feira (28/09/11) em entrevista coletiva pelos responsáveis pela pesquisa, Mariano Esteban, do Centro Nacional de Biotecnologia do Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha (CSIC), Felipe García, do Hospital Clínic de Barcelona, e Juan Carlos López Bernaldo de Quirós, do Hospital Gregorio Marañón de Madri.
Após manifestarem uma grande eficácia em ratos e macacos, os testes começaram a ser aplicados em seres humanos há cerca de um ano. Nesta primeira fase, a vacina foi aplicada em 30 pessoas sadias, escolhidas entre 370 voluntários.
Durante o teste, seis pessoas receberam placebo e 24 a vacina. Estas últimas apresentaram “poucos” e “leves” efeitos secundários (cefaleias, dor na zona da injeção e mal-estar geral). Por isso, é possível afirmar que “a vacina é segura para continuar com o desenvolvimento clínico do produto”, ressaltou Quirós.
Em 95% dos pacientes, a vacina gerou defesa (normalmente atinge 25%) e, enquanto outras vacinas estimulam células ou anticorpos, este novo protótipo “conseguiu estimular ambos”, destacou Felipe García.
Para completar, em 85% dos pacientes as defesas geradas se mantiveram durante pelo menos um ano, “que neste campo significa bastante tempo”, acrescentou.
Na próxima etapa, os pesquisadores realizarão um novo teste clínico, desta vez com voluntários infectados pelo HIV. O objetivo é saber se o composto, além de prevenir, pode servir para tratar a doença.
“Já provamos que a vacina pode ser preventiva. Em outubro, vacinaremos pessoas infectadas com HIV para ver se serve para curar. Geralmente, os tratamentos antirretrovirais (combinação de três remédios) devem ser tomados rigorosamente, algo insustentável em lugares tão afetados pela Aids como a África”, apontou García.
O protótipo da vacina, batizado como MVA-B, recebe o nome do vírus Vaccinia Modificado Ankara (MVA, na sigla em inglês), um vírus atenuado que serve como modelo na pesquisa de múltiplas vacinas
Até agora, o único teste de vacina contra o HIV que chegou à terceira fase foi realizado na Tailândia. As duas primeiras fases testam a toxicidade do composto e sua eficácia, enquanto a terceira e a quarta examinam a posologia do remédio.
O protótipo da vacina, patenteado pelo CSIC espanhol, está sendo elaborado para combater o subtipo B do vírus da Aids, de maior prevalência na Europa, Estados Unidos, América Central e do Sul, além do Caribe. Na África e Ásia, o vírus mais comum é o subtipo C.

Fonte: Saúde Web

Postado por Graziele Ribeiro

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

TCC pode render frutos depois da formatura

TCC
O TCC (trabalho de conclusão de curso) leva pelo menos um semestre para ser produzido e a apresentação não dura mais do que algumas horas. Em muitos casos, depois da aprovação, o trabalho não tem aproveitamento algum e passa servir apenas para ilustrar currículos e portfólios. Em alguns casos, no entanto, o TCC pode proporcionar ganhos aos alunos que extrapolam o âmbito acadêmico.
Existem até algumas escolas que estimulam estudantes a pensar o TCC como parte da iniciação profissional. “Ele é tão aplicado à prática que no dia da banca são convidadas empresas parceiras para assistir à apresentação. Temos banca acadêmica e banca de mercado, esta última, opina sobre o que achou interessante”, conta Ricardo Nakai, professor de marketing da Esamc. Ele acredita que o TCC é uma oportunidade interessante para o aluno conversar com o mercado.
Não é apenas para os cursos voltados ao mercado que a possibilidade de desenvolver um TCC com aplicação prática existe. De acordo com Denizar Melo, coordenador do curso de fisioterapia da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), por exemplo, é comum o trabalho final servir como ponte para o mestrado. “O que se quer com o TCC, que é um trabalho que desperta no aluno o espírito empreendedor e cientifico, é que ele seja um grande laboratório, propicie vivência prática e possa resultar numa (proposta a ser apresentada num curso) stricto sensu“, afirma Melo.
Além disso, Melo afirma que há casos em que o aluno desenvolve novas técnicas ou equipamentos que são de interesse do mercado. O desencadeamento do trabalho de conclusão dependeria da intenção do aluno. “Para alguns é mais natural atuar no mercado. Já outros têm viés mais acadêmico. O que a gente procura é potencializar essas vocações”, explica Melo. Segundo Almeida, um dos requisitos para que o TCC obtenha sucesso comercial é o embasamento teórico. “O trabalho serve para consolidar o conhecimento e confrontar teoria e prática. É importante ter base e conteúdo”, acrescenta.
Direcionado ao mercado
j0439443                  O coordenador do curso de fisioterapia da PUC-RS defende a idéia de que para aproveitar o TCC depois da formatura, o aluno precisa estar atento às necessidades de mercado. “Ele tem de ter um bom problema para resolver. E, a partir dele, montar um bom projeto para organizar esquematicamente a solução”, recomenda Melo. No entanto, ele sugere que o aluno direcione essa busca para a área do conhecimento da qual ele mais se aproxima.
No curso de fisioterapia da PUC-RS, as pesquisas dos alunos são atreladas às linhas de pesquisa dos professores. “Os alunos desenvolvem parte da pesquisa dos professores. Às vezes, os professores reúnem grupos de alunos e cada um faz um capitulo de um livro, que pode ser publicado”, explica Melo. Por isso, ele recomenda para aqueles que têm interesse em levar o TCC ao mercado, que procurem professores e orientadores interessados em atuar na mesma linha. A própria universidade pode direcionar o desenvolvimento de trabalhos mais atraentes aos olhos do mercado. “Todo ano exploramos um segmento para ser trabalhado pelos alunos. Depende do que está em alta no mercado”, diz Almeida.
Oportunidade de padronização
Formado em agosto de 2007 pela PUC-RS, o fisioterapeuta Régis Mestriner atualmente aguarda a concretização do processo de transferência tecnológica da patente depositada a partir de seu TCC. No projeto que fez em parceria com Rafael Oliveira Fernandes, ele desenvolveu um sistema de fisioterapia respiratória que, apesar de mais barato que os similares, estava esquecido devido à falta de padronização. “O sistema já existia desde a década de 30, mas não tinha como ser executado com segurança”, resume Mestriner.
Trata-se de um equipamento, denominado coluna d’água, para reabilitação pulmonar em que oStudent paciente assopra ar para o interior de um recipiente por meio de um canudo. O fisioterapeuta pode regular a pressão interna e com isso exigir mais ou menos pressão por parte do paciente. O problema que prejudicava o uso desse método dizia respeito à resistência promovida pelo canudo à passagem do ar. Impossível de ser controlada pelo fisioterapeuta, comprometia o tratamento. “Embora seja um sistema alternativo a outros bem mais caros que existem no mercado, há muita resistência dos profissionais em utilizar, justamente pela falta de padronização”, lamenta Mestriner.
Os alunos tomaram conhecimento desse sistema numa aula do sexto semestre de Fisioterapia, quando o professor – que se tornou orientador do trabalho – propôs aos alunos que avaliassem o desempenho de diferentes tipos de material para execução dos procedimentos. Mestriner e Fernandes se interessaram e procuraram o hospital São Lucas, da própria PUCRS, onde conseguiram montar o sistema experimental e levantar os dados necessários para desenvolvimento do projeto. “A idéia inicial era padronizar o processo para usar no próprio São Lucas. O TCC nos deu a oportunidade de experimentar as idéias que surgiam. De algo que não esperávamos, conseguimos publicar até artigo”, comemora Mestriner.
Depois da apresentação do TCC, em agosto de 2007, a dupla continuou com o desenvolvimento do sistema visando o departamento de registro de patentes da PUC. Atualmente, a universidade, que depositou o registro, negocia a comercialização do sistema com empresas da área de saúde. Os trâmites estão sendo resolvidos pela universidade, que é quem levará, caso o processo seja bem sucedido, a maior parte dos lucros. Ainda assim, Mestriner e seu parceiro de TCC também terão retorno sobre o trabalho. “Estamos bem esperançosos de que aconteça. Toda a parte experimental foi feita durante o TCC. A única coisa feita depois foi o artigo”, conta Mestriner sobre o material publicado na revista científica da área de fisiologia respiratória Respiratory Care.
Fonte: http://www.biomedicinapadrao.com/
Postado por Graziele Ribeiro

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

V Simpósio Sergipano de Microbiologia

O grupo de Pesquisa em Microbiologia e Imunologia do DMO/CCBS/UFS, ciente de seu compromisso com a sociedade sergipana e exercitando o dogma universitário de ensino, pesquisa e extensão vem a oferecer dias 31 de outubro e 01 de novembro de 2011, o V Simpósio Sergipano de Microbiologia a ser realizado no Auditório da Reitoria no Campus de São Cristóvão. O mesmo contará com a presença de reconhecidos pesquisadores que proferirão palestras e mini-cursos visando atender os anseios dos alunos das diferentes áreas da nossa Universidade.
A Comissão Organizadora com o objetivo de adequar o programa em consonância com o perfil das atividades exercidas em Microbiologia no Estado de Sergipe, decidiu coletar as sugestões para a construção das diretrizes, ações e estratégias para a Programação do I Encontro de Controle de Qualidade Microbiológica.
Elaboramos um evento de alto nível científico e estamos certos de que o V Simpósio Sergipano de Microbiologia e o I Encontro de Controle de Qualidade Microbiológica será um sucesso.
Contamos com a sua presença para compartilharmos novos conhecimentos.
Um abraço,
Grupo de Pesquisa em Microbiologia e Imunologia
Departamento de Morfologia/UFS

http://sites.ufs.br/vssm

Postado por: Afrãnio F. Evangelista

domingo, 7 de agosto de 2011

Biomédicos atuam em empresas e pesquisas genéticas

biomedicina

     Nem só de análises clínicas vive um profissional com diploma em Biomedicina. As oportunidades para biomédicos têm acompanhado a expansão do mercado de trabalho e a necessidade de profissionais com especializações relacionadas à genética e biotecnologia.
         “A grande parte dos biomédicos atuam nas áreas de pesquisa básica ou no diagnóstico e análises clínicas, mas a procura por profissionais especializados em engenharia genética, fertilização in vitro e biotecnologia tem crescido nos últimos anos”, explica Eloi Francisco Rosa, coordenador adjunto do curso de Biomedicina na Faculdade São Camilo.
       Dados do Sindicato dos Biomédicos Profissionais do Estado de São Paulo mostram que as novas contratações de biomédicos no ano passado aumentaram 23%, em relação a 2009.
       “Os setores farmacêutico, hospitalar e de serviços, onde podem atuar os profissionais de Biomedicina, estão em processo de consolidação, com fusões e aquisições, o que aumenta a gama de oportunidades”, explica Juliana Nunes, sócia-gerente da consultoria Asap.
       O mercado está procurando biomédicos em diversos campos de atuação e com níveis mais altos de formação profissional. “Além das especializações na área acadêmica ou nas áreas de saúde, hoje observamos o surgimento de cursos voltados para gestão de laboratório, medicina nuclear e radioterapia”, diz Rosa.
     Um profissional formado em Biomedicina pode trabalhar também dentro das empresas, segundo Rosa, com correção de materiais científicos e também com a reformulação de laboratórios de pesquisa. "Uma outra tendência é a procura recente dos biomédicos por concursos públicos destinados às carreiras de perito criminal e análises forenses", aponta o coordenador.
      As universidades estão de olho na procura e aumentando o número de cursos de Biomedicina no país. Em 2012, a USP vai lançar bacharelado em ciências biomédicas, com 40 vagas, no ICB (Instituto de Ciências Biológicas, na Cidade Universitária).
Postado por: Graziele Ribeiro
Fonte: http://www.biomedicinapadrao.com/

quinta-feira, 28 de julho de 2011

MICROORGANISMOS DO BEM

Não é razão para espantos, afinal estamos falando daqueles que naturalmente ocupam regiões do nosso organismo.

É comum uma grande massa relacionar microorganismos a doenças e esquecerem-se dos que são responsáveis por manter o equilíbrio natural para o funcionamento adequado do sistema orgânico. Alguns destes são as bactérias que representam mais da metade das substâncias presentes no intestino e que constituem a microbiota intestinal.

Quantificados em cerca de 400 a 500 espécies de bactérias, esses minúsculos seres que habitam o cólon do intestino grosso são capazes de ajudar a digerir os alimentos, sintetizar vitaminas, manter a saúde do organismo, impedindo que outros agentes patogênicos invadam nosso corpo, resistir à acidez do estômago, já que conseguem cruzar as barreiras do estômago e chegar ao intestino, e se manterem vivas. Ainda auxiliam no sistema imunológico, uma vez que em torno de 80% dos anticorpos são formados no sistema linfóide presente no intestino a partir desses seres vivos.

Saibam quais são os locais no nosso corpo que esses micoorganismos abrigam:



Algumas representantes responsáveis pelos benefícios no organismo são as espécies que compõem os gêneros Bifidobacterium, Lactobacillus e Eubacteria e que também podem ser encontradas em suplementos alimentares, ricos em microorganismos vivos, colaborando na melhoria do balanço microbiano intestinal – os probióticos.


Referências:


BRANDT, K.G.; SAMPAIO MAGDA, M.S.; MIUKI, C.C.J.. Importância da microflora intestinal.Pediatria, 2006.

BOURLIOUX, P.; KOLETZKO, B.; GUARNER, F.; BRAESCO, V.The intestine and its microflora are partners for the protection of the host: report on the Danone Symposium "The Intelligent Intestine," held in Paris. American Journal of Clinical Nutrition, v. 78, n. 4, p.675-683, oct. 2003

Revista Science de Dezembro 2010.

SANSONETTI, P.J. The innate signaling of dangers and the dangers of innate signaling.Nature Immunology, v.7, p.1237-1242, 2006.


Angela Alves.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

26° Congresso Brasileiro de Microbiologia


Prezados(as) Colegas Microbiologistas...
É com enorme satisfação que informamos que o 26° Congresso Brasileiro de Microbiologia, organizado pela Sociedade Brasileira de Microbiologia (SBM) será realizado no período de 02 a 06 de Outubro de 2011, no Rafain Palace Hotel e Convention Center, na cidade de Foz do Iguaçu, Paraná. Estamos trabalhando para elaborar um evento de alto nível científico e planejamos oferecer uma programação científica atrativa que abordará temas relevantes e atuais para que você se sinta estimulado a participar. Comece a se preparar para participar deste congresso que está sendo formatado pensando em oferecer, com conforto e qualidade, ciência de alto nível e a oportunidade de aproveitar tudo de bom o que a cidade de Foz de Iguaçu e região têm a oferecer. Estamos certos de que o 26° CBM será um sucesso.
A conferência de abertura será ministrada pelo Professor de Microbiologia, Imunologia e Infectologia Arturo Casadevall, M.D,. Ph.D. Chefe do Departamento de Microbiologia e Imunologia do Albert Einstein College of Medicine of Yeshiva University – The Bronx, New York.
Esperamos encontrá-los(as) para compartilhar novos conhecimentos.
Um abraço,
Adalberto Pessoa Junior
Presidente - SBM

Maiores informações:




Postado por: Afrânio F. Evangelista

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Parasita da malária usa camuflagem para enganar defesa imune de grávidas

Pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, descobriram que parasitas da malária usam um truque de camuflagem para se esconder das defesas imunes de mulheres grávidas, permitindo que o parasita ataque a placenta. A descoberta é uma parte importante dos esforços de pesquisadores para entender esta doença frequentemente fatal e desenvolver uma vacina. Uma em cada 12 pessoas está infectada com malária. Isso significa que 500 milhões de pessoas são portadores do parasita, que mata 1 milhão por ano em todo o mundo.
"Nós encontramos uma explicação provável para a duração do tempo que leva para as defesas imunológicas da gestante descobrir a infecção na placenta", afirmou a pesquisadora Lea Barfod. O estudo mostrou que os parasitas são capazes de assumir uma camuflagem que impede o reconhecimento pelos anticorpos. Assim, embora o sistema imunológico tenha todas as armas para combater a infecção da placenta, essas armas são ineficazes simplesmente porque o inimigo é difícil de ser detectado.
Ele começa se escondendo nas células vermelhas do sangue. O sistema imunológico não se incomoda com isso já que o baço normalmente filtra células do sangue defeituosas. Para evitar esse filtro, o parasita ejeta um gancho de proteína que se liga à parede interna do vaso sanguíneo, e mesmo se os anticorpos do sistema imunológico destroem um gancho, o parasita tem mais de sessenta em seu arsenal. Um deles evoluiu especialmente para se anexar à placenta.
Enquanto a guerra está sendo travada, o parasita infecta as células e se propaga mais e mais nas células vermelhas, que são normalmente utilizadas para o transporte de nutrientes e oxigênio ao redor do corpo.
"Em uma versão avançada de ' esconde-esconde' os parasitas continuam procurando novas maneiras de prevenir que os anticorpos os reconheçam. Um exemplo é a habilidade dos parasitas para se esconderem na placenta. A primeira vez que uma mulher concebe a placenta, ela proporciona uma nova oportunidade para o parasita se esconder: uma casa nova, por assim dizer, e de uma forma que impede a descoberta pelo sistema imunológico. Leva tempo para que as defesas imunes reajam à nova ameaça, e, assim, o parasita camuflado prejudica a mulher e seu feto", explicou o pesquisador Lars Hviid.
Os cientistas agora vão estudar se o parasita da malária também usa sua camuflagem em outras etapas de uma infecção. "O corpo leva um tempo surpreendentemente longo para desenvolver proteção contra a malária, e talvez o truque que acabamos de descobrir seja parte da explicação. É importante para nós descobrirmos se este é o caso, a fim de nos ajudar a entender a malária, em geral, mas também para nos ajudar em nossos esforços para desenvolver uma vacina", concluiu Hviid.


Postado por: Afrânio Evangelista
Fonte: isaude.net

sábado, 9 de julho de 2011

Bactéria que causa gonorreia adquire material genético humano

Cientistas da Northwestern University, nos Estados Unidos, encontraram fragmentos de DNA humano na bactéria da gonorreia. É a primeira vez que se registra uma transferência de material genético de humanos para bactérias. A pesquisa foi divulgada num artigo no jornal científico “mBio”.
Já era sabido que a transferência de genes ocorre entre diferentes bactérias e até mesmo entre bactérias e fungos. “Mas entre o DNA humano para a bactéria há um salto muito grande”, disse Mark Anderson, pós-doutor em microbiologia, um dos autores da pesquisa. “Esta bactéria teve de vencer muitos obstáculos para adquirir esta sequência de DNA”.
A descoberta mostra que a bactéria é capaz de se adaptar continuamente e sobreviver no hospedeiro humano. “Mas se este evento singular deu à bactéria da gonorreia alguma vantagem, não sabemos ainda”, afirmou Hank Seifert, colega de Anderson que também assina o estudo. “O próximo passo é descobrir o que este pedaço de DNA está fazendo”.
A gonorreia é uma das doenças mais antigas de que se tem notícia e uma das poucas exclusivas ao ser humano. É transmissível sexualmente e é particularmente perigosa para as mulheres. Se não tratada, leva à inflamação da pélvis e pode causar esterilidade.

Postado por Graziele Ribeiro
Fonte: biomedicinaemicro.blogspot.com

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Infecção por Helicobacter pylori oferece proteção eficaz contra asma

A Infecção com a bactéria gástrica Helicobacter pylori oferece proteção eficaz contra a asma. É o que sugerem pesquisadores da Universidade de Zurique, na Suíça. Os resultados do estudo confirmam a hipótese apresentada recentemente de que o aumento de doenças alérgicas nas sociedades industriais estão ligado ao rápido desaparecimento de determinados microrganismos que habitam o corpo humano.
A rápida ascensção na doença alérgica das vias aéreas no mundo industrializado é atribuída à poluição do ar, ao fumo, à higiene e ao uso difundido de antibióticos. A hipótese da higiene afirma que medidas de higiene modernas levaram a uma falta de exposição a agentes infecciosos, o que é importante para a maturação normal do sistema imunológico.
Os dados de estudo, realizado com animais, revela que o aumento da asma pode ser atribuído ao desaparecimento específico da bactéria Helicobacter pylori gástrica (H. pylori) das sociedades ocidentais.
A H. pylori é resistente ao ácido gástrico. De acordo com estimativas, cerca de metade da população do mundo pode estar infectada com a bactéria. Ela muitas vezes não causa sintomas, mas sob certas condições pode causar gastrite, úlceras gástricas e câncer de estômago. Em razão disso, a H. pylori é frequentemente morta com antibióticos como precaução, mesmo que o paciente não tenha qualquer queixa.

Proteção na infância 

Para o estudo, os pesquisadores infectaram camundongos com a bactéria H. pylori. Aqueles que foram infectados com apenas alguns dias de idade desenvolveram tolerância imunológica à bactéria e reagiram de forma eficaz contra alérgenos indutores da asma. Camundongos que não foram infectados com H. pylori até que atingissem a idade adulta, no entanto, tinham uma defesa muito mais fraca. "A infecão precoce prejudica a maturação das células dendríticas e desencadeia o acúmulo de células T regulatórias que são cruciais para a supressão da asma", explicou a pesquisadora Anne Muller.
Quando as células T regulatórias foram transferidas de camundongos infectados para camundongos não infectados, esses últimos também passaram a experimentar proteção eficaz contra a asma. No entanto, os camundongos que tinham sido infectados no início também perderam a resistência à asma quando a H. pylori foi morta com a ajuda de antibióticos após a fase de sensibilização.
De acordo com o especialista em alergia Christian Taube, os novos resultados confirmam a hipótese de que o aumento da asma alérgica em nações industriais está ligado ao uso generalizado de antibióticos e ao desaparecimento subsequente de microrganismos que povoam permanentemente o corpo humano. "O estudo destes mecanismos fundamentais é de extrema importância para nós entendermos a asma e sermos capazes de desenvolver estratégias preventivas e terapêuticas no futuro", afirmou.





Postado por: Afrãnio Evangelista
Fonte: isaude.net

domingo, 19 de junho de 2011

Causas da obesidade estão ligadas às bactérias da flora intestinal


Ganhar peso não depende apenas do equilíbrio entre a quantidade de calorias ingeridas e a energia gasta com atividades físicas ou da herança genética. Essa equação pode contemplar pelo menos mais três variáveis, como o tipo de bactéria que a pessoa tem em sua flora intestinal, o grau de exposição a substâncias tóxicas e a quantidade de cálcio que ela ingere, de acordo com pesquisadores brasileiros.
Mário José Abdalla Saad - Endocrinologista e
professor de Clínica Médica da Faculdade
de Ciências Médicas da Unicamp
Foto: Edimilson Montalti
O tema foi discutido no simpósio Causas não clássicas da Obesidade, durante o 15º Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica, em São Paulo. Um dos palestrantes, o endocrinologista Mário José Abdalla Saad, professor de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, diz que começou a pesquisar sobre o papel da flora bacteriana intestinal na obesidade há quatro anos e sua primeira pesquisa sobre o assunto foi publicada em 2006 pela revista científica Nature.
"O número de bactérias que habita nosso intestino é 10 vezes maior do que o número de células do nosso próprio organismo. Por isso, achar que elas não têm nenhum papel relevante em doenças é um pouco de inocência", analisa. Segundo ele, bactérias presentes no intestino do obeso são diferentes das observadas no intestino de um indivíduo magro, tanto em ratos quanto em seres humanos.
Agora, os cientistas investigam como essas bactérias interferem na gordura corporal. Uma das possibilidades é a de que alguns tipos de bactérias, mais frequentes no trato intestinal dos obesos, extraiam a energia dos alimentos e a repassem para o organismo do indivíduo, induzindo ao ganho de peso. Enquanto isso, outras bactérias, mais comuns no intestino dos magros, extraem e consomem essa energia, o que favorece a manutenção de um corpo esbelto.
O objetivo das pesquisas é criar um tratamento para a obesidade com base no mecanismo de atuação das bactérias intestinais. "Só é preciso tomar cuidado para não aparecerem 'milagreiros' oferecendo tratamentos com antibióticos ou probióticos que prometam o fim da obesidade", alerta Saad. Ele explica que a "eficiência" das bactérias varia de pessoa para pessoa e que, hoje, os estudos ainda estão sequenciando o DNA desses micro-organismos para entender melhor o processo.
Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, professor da Faculdade de Medicina da USP e membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), é plausível que o excesso de peso esteja relacionado a fatores que não são usualmente investigados como causas para o problema. Para ele, o crescimento da obesidade está atualmente desproporcional à modificação dos hábitos da população. "Não vale mais essa história de que o obeso é um sem-vergonha que come muito e que não se exercita. Há uma série de outros fatores que contribuem para isso", diz.
Segundo Halpern, o trabalho de Saad traz um campo novo de estudos e uma esperança de tratamentos para o futuro. "Além de sabermos que obesos têm bactérias diferentes das de pessoas magras, algumas experiências mostram que se pegarmos as bactérias de um animal obeso e passarmos para o animal magro, ele tende a engordar", explica.

Postado por: Afrânio Evangelista
Fonte: isaude.net

sábado, 18 de junho de 2011

Exame de sífilis na gravidez pode salvar milhares de bebês, diz estudo

As vidas de centenas de milhares de bebês podem ser salvas anualmente se mulheres grávidas fizerem exames de sífilis, dizem pesquisadores na Grã-Bretanha. Pesquisadores da University College London analisaram 10 estudos prévios, que envolveram um total de 41 mil mulheres, e divulgaram suas conclusões na publicação científica "Lancet Infectious Diseases".
Bactéria Treponema pallidum - agente causador da Sífilis
A sífilis causa a morte de meio milhão de bebês todo ano, número que inclui natimortos e bebês que morreram pouco após o nascimento, a maioria na África subsaariana.
Os pesquisadores dizem que exames e consequentes tratamentos a base de antibióticos seriam uma forma barata e efetiva de diminuir pela metade o número de mortes.
O estudo sugere que a realização de exames acompanhados de tratamento resultou na redução de 58% dos casos de natimortos e em uma redução similar nos casos de mortes nas primeiras semanas de vida. Casos de sífilis congênita também foram reduzidos.

Custo
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível que resulta em ferimentos e coceiras e evolui para danos mais sérios ao coração, cérebro e olhos, podendo causar a morte. Ela pode ser passada de mãe para filho pela placenta através da disseminação do Treponema pallidum, doença conhecida como sífilis congênita.
Sífilis congênita - Fonte: http:// www.infectologiahoy.com.br
Calcula-se que menos de uma em cada oito mulheres faz o teste de sífilis durante a gravidez e mais de dois milhões de mulheres com a doença ficam grávidas anualmente. Em mais de dois terços dos casos, ocorrem sérias complicações.
Outro estudo complementar publicado no Lancet calcula que o custo para a realização de testes para a sífilis é de US$ 1,44 (equivalente a cerca de R$ 2,3).

Os pesquisadores dizem ainda que se todas as mulheres grávidas que testarem positivo receberem uma única dose do antibiótico benzatina antes da 28ª semana de gravidez, não haveria mais mortes de bebês recém-nascidos causa da sífilis.



Postado por: Afrânio F. Evangelista
Fonte: www.g1.com.br


quinta-feira, 2 de junho de 2011

Estudantes da Unit criam Liga Acadêmica de Biomedicina

No mês de maio foi inaugurada a Liga de Biomedicina e Microbiologia – Labim –, entidade organizada por alunos do 6º período de Biomedicina e auxiliada por professores do curso e por setores da Universidade Tiradentes. O objetivo é proporcionar aos estudantes a oportunidade de intensificar a aquisição de conhecimentos nas atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária, e de promover o intercâmbio com outras ligas ou instituições voltadas à expansão do conhecimento, servindo à comunidade acadêmica de forma ampla.

A primeira palestra teve como tema “A importância do microbiologista comomembro da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)”. Foi ministrada pelo biomédico Roberto Vivas da Silveira, coordenador do laboratório Clínico do Hospital do Coração, microbiologista consultor da CCIH do Hospital de Urgências de Sergipe e egresso do curso de Biomedicina da Unit.

O evento contou com a presença de mais de 100 alunos de diversos cursos da área da saúde. Roberto Vivas esclareceu importantes dúvidas 

acerca da atuação dos biomédicos na microbiologia clínica de hospitais. “No próximo semestre, a diretoria da liga promoverá outros eventos ligados à Biomedicina e Microbiologia e abrirá inscrições para os alunos se filiarem e participarem ativamente das atividades da Labim”, ressaltou o professor Malone Santos Pinheiro, coordenador-adjunto do curso de Biomedicina.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Provas para identificação de bactérias - CATALASE E COAGULASE


CATALASE
Estrutura catalase
PRINCÍPIO
A catalase é uma enzima que decompõe o peróxido de hidrogênio (H2O2) em água e oxigênio.
UTILIDADE
Para StaphylococcusStreptococcusEnterococcusListeriaCorynebacteriumMicrococcusBacillusMoraxella catarrhalis.
INOCULAÇÃO
  • Colocar uma gota de peróxido de hidrogênio (água oxigenada) 3% sobre uma lâmina em um tubo;
  • Com auxílio de fio bacteriológico, agregar a colônia em estudo na gota de peróxido de hidrogênio.
Catalase test
INTERPRETAÇÃO
+ Positivo: Presença imediata de bolhas - a produção de efervescência indica a conversão do H2O2 em água e oxigênio gasoso.
- Negativo: Ausência de bolhas ou efervescência.

COAGULASE
PRINCÍPIO
Verificar a capacidade de microrganismos reagirem com o plasma e formarem um coágulo, uma vez que a coagulase é uma proteína com atividade similar à protombrina, capaz de converter o fibrinogênio em fibrina, que resulta na formação de um coágulo visível. ƒ Pode ser encontrada em duas formas que possuem diferentes propriedades: coagulase conjugada e coagulase livre.
coagulase conjugada (prova em lâmina), é também conhecida como fator de aglutinação, encontra-se unida à parede celular bacteriana e não está presente em filtrados de cultivos. Quando as células bacterianas são suspensas em plasma (fibrinogênio), formam-se cordões de fibrina entre elas, o que causa agrupamento sob a forma de grumos visíveis.
coagulase livre (prova em tubo), é uma substância similar à trombina e está presente em filtrados de cultivos. É secretada extracelularmente e reage com uma substância presente no plasma denominado Fator de Reação com a Coagulase – CRF, para formar um complexo que, por sua vez, reage com fibrinogênio, formando fibrina (coágulos). Quando uma suspensão em plasma do microrganismo produtor de coagulase é preparada em tubo de ensaio, forma-se um coágulo visível após o período de incubação.
UTILIDADE
Separar as espécies de Staphylococcus de importância clínica,  S. aureus – coagulase positiva, das
demais espécies – coagulase negativa.
INOCULAÇÃO
Coagulase conjugada:
  • Traçar dois círculos com lápis de cera em uma lâmina de vidro;
  • Colocar duas gotas de água destilada ou solução fisiológica estéreis dentro de cada círculo;
  • Com auxílio de um fio bacteriológico agregar a colônia em estudo, homogeneizando delicadamente em cada círculo;
  • Colocar uma gota de plasma para a prova de coagulase  em um dos círculos;
  • No outro círculo, adicionar outra gota de água destilada ou solução fisiológica estéreis, como controle;
  • Homogeneizar com palito de madeira;
  • Inclinar a lâmina delicadamente, para frente e para trás;
  • Observar presença de aglutinação.
Coagulase livre:
  • Com auxílio do fio bacteriológico,  suspender colônias em estudo em caldo BHI  e colocar em estufa à 37ºC até que turve;
  • Se necessário, acertar a turbidez até 0,5 da escala de MacFarland;
  • Em um tubo de ensaio estéril, colocar 0,5 ml de plasma reconstituído e 0,5 ml do caldo BHI com crescimento bacteriano recém turvado;
  • Incubar em estufa à 35ºC 4 horas;
  • Verificar se há presença de coágulo;
  • Se não houver presença de coágulo, incubar o tubo em temperatura ambiente e repetir as leituras com 18 e 24 horas de incubação.
INTERPRETAÇÃO
Coagulase conjugada:
+ Positiva: formação de precipitado branco e aglutinação dos microrganismos da suspensão, após 15 segundos, no círculo que contém o plasma.
- Negativa: ausência de aglutinação no círculo que contém o plasma.
A presença de precipitado ou aglutinação, torna a prova inespecífica, devendo ser repetida a prova em tubo.
catalase
Coagulase livre:
+ Positiva: presença de qualquer grau de coágulo.
- Negativa: ausência de coágulo.
COAGULASE