segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Criada nova vacina contra Aids com 90% de eficácia


Em sua primeira fase de testes, medicamento foi aplicado em 30 pessoas sadias, escolhidas entre 370 voluntários



Uma equipe de pesquisadores espanhóis criou um protótipo de vacina contra o HIV “muito mais potente” que os desenvolvidos até agora. Os testes conseguiram uma resposta imune para 90% das pessoas sadias que foram expostas ao vírus.
A descoberta foi apresentada quarta-feira (28/09/11) em entrevista coletiva pelos responsáveis pela pesquisa, Mariano Esteban, do Centro Nacional de Biotecnologia do Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha (CSIC), Felipe García, do Hospital Clínic de Barcelona, e Juan Carlos López Bernaldo de Quirós, do Hospital Gregorio Marañón de Madri.
Após manifestarem uma grande eficácia em ratos e macacos, os testes começaram a ser aplicados em seres humanos há cerca de um ano. Nesta primeira fase, a vacina foi aplicada em 30 pessoas sadias, escolhidas entre 370 voluntários.
Durante o teste, seis pessoas receberam placebo e 24 a vacina. Estas últimas apresentaram “poucos” e “leves” efeitos secundários (cefaleias, dor na zona da injeção e mal-estar geral). Por isso, é possível afirmar que “a vacina é segura para continuar com o desenvolvimento clínico do produto”, ressaltou Quirós.
Em 95% dos pacientes, a vacina gerou defesa (normalmente atinge 25%) e, enquanto outras vacinas estimulam células ou anticorpos, este novo protótipo “conseguiu estimular ambos”, destacou Felipe García.
Para completar, em 85% dos pacientes as defesas geradas se mantiveram durante pelo menos um ano, “que neste campo significa bastante tempo”, acrescentou.
Na próxima etapa, os pesquisadores realizarão um novo teste clínico, desta vez com voluntários infectados pelo HIV. O objetivo é saber se o composto, além de prevenir, pode servir para tratar a doença.
“Já provamos que a vacina pode ser preventiva. Em outubro, vacinaremos pessoas infectadas com HIV para ver se serve para curar. Geralmente, os tratamentos antirretrovirais (combinação de três remédios) devem ser tomados rigorosamente, algo insustentável em lugares tão afetados pela Aids como a África”, apontou García.
O protótipo da vacina, batizado como MVA-B, recebe o nome do vírus Vaccinia Modificado Ankara (MVA, na sigla em inglês), um vírus atenuado que serve como modelo na pesquisa de múltiplas vacinas
Até agora, o único teste de vacina contra o HIV que chegou à terceira fase foi realizado na Tailândia. As duas primeiras fases testam a toxicidade do composto e sua eficácia, enquanto a terceira e a quarta examinam a posologia do remédio.
O protótipo da vacina, patenteado pelo CSIC espanhol, está sendo elaborado para combater o subtipo B do vírus da Aids, de maior prevalência na Europa, Estados Unidos, América Central e do Sul, além do Caribe. Na África e Ásia, o vírus mais comum é o subtipo C.

Fonte: Saúde Web

Postado por Graziele Ribeiro

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

TCC pode render frutos depois da formatura

TCC
O TCC (trabalho de conclusão de curso) leva pelo menos um semestre para ser produzido e a apresentação não dura mais do que algumas horas. Em muitos casos, depois da aprovação, o trabalho não tem aproveitamento algum e passa servir apenas para ilustrar currículos e portfólios. Em alguns casos, no entanto, o TCC pode proporcionar ganhos aos alunos que extrapolam o âmbito acadêmico.
Existem até algumas escolas que estimulam estudantes a pensar o TCC como parte da iniciação profissional. “Ele é tão aplicado à prática que no dia da banca são convidadas empresas parceiras para assistir à apresentação. Temos banca acadêmica e banca de mercado, esta última, opina sobre o que achou interessante”, conta Ricardo Nakai, professor de marketing da Esamc. Ele acredita que o TCC é uma oportunidade interessante para o aluno conversar com o mercado.
Não é apenas para os cursos voltados ao mercado que a possibilidade de desenvolver um TCC com aplicação prática existe. De acordo com Denizar Melo, coordenador do curso de fisioterapia da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), por exemplo, é comum o trabalho final servir como ponte para o mestrado. “O que se quer com o TCC, que é um trabalho que desperta no aluno o espírito empreendedor e cientifico, é que ele seja um grande laboratório, propicie vivência prática e possa resultar numa (proposta a ser apresentada num curso) stricto sensu“, afirma Melo.
Além disso, Melo afirma que há casos em que o aluno desenvolve novas técnicas ou equipamentos que são de interesse do mercado. O desencadeamento do trabalho de conclusão dependeria da intenção do aluno. “Para alguns é mais natural atuar no mercado. Já outros têm viés mais acadêmico. O que a gente procura é potencializar essas vocações”, explica Melo. Segundo Almeida, um dos requisitos para que o TCC obtenha sucesso comercial é o embasamento teórico. “O trabalho serve para consolidar o conhecimento e confrontar teoria e prática. É importante ter base e conteúdo”, acrescenta.
Direcionado ao mercado
j0439443                  O coordenador do curso de fisioterapia da PUC-RS defende a idéia de que para aproveitar o TCC depois da formatura, o aluno precisa estar atento às necessidades de mercado. “Ele tem de ter um bom problema para resolver. E, a partir dele, montar um bom projeto para organizar esquematicamente a solução”, recomenda Melo. No entanto, ele sugere que o aluno direcione essa busca para a área do conhecimento da qual ele mais se aproxima.
No curso de fisioterapia da PUC-RS, as pesquisas dos alunos são atreladas às linhas de pesquisa dos professores. “Os alunos desenvolvem parte da pesquisa dos professores. Às vezes, os professores reúnem grupos de alunos e cada um faz um capitulo de um livro, que pode ser publicado”, explica Melo. Por isso, ele recomenda para aqueles que têm interesse em levar o TCC ao mercado, que procurem professores e orientadores interessados em atuar na mesma linha. A própria universidade pode direcionar o desenvolvimento de trabalhos mais atraentes aos olhos do mercado. “Todo ano exploramos um segmento para ser trabalhado pelos alunos. Depende do que está em alta no mercado”, diz Almeida.
Oportunidade de padronização
Formado em agosto de 2007 pela PUC-RS, o fisioterapeuta Régis Mestriner atualmente aguarda a concretização do processo de transferência tecnológica da patente depositada a partir de seu TCC. No projeto que fez em parceria com Rafael Oliveira Fernandes, ele desenvolveu um sistema de fisioterapia respiratória que, apesar de mais barato que os similares, estava esquecido devido à falta de padronização. “O sistema já existia desde a década de 30, mas não tinha como ser executado com segurança”, resume Mestriner.
Trata-se de um equipamento, denominado coluna d’água, para reabilitação pulmonar em que oStudent paciente assopra ar para o interior de um recipiente por meio de um canudo. O fisioterapeuta pode regular a pressão interna e com isso exigir mais ou menos pressão por parte do paciente. O problema que prejudicava o uso desse método dizia respeito à resistência promovida pelo canudo à passagem do ar. Impossível de ser controlada pelo fisioterapeuta, comprometia o tratamento. “Embora seja um sistema alternativo a outros bem mais caros que existem no mercado, há muita resistência dos profissionais em utilizar, justamente pela falta de padronização”, lamenta Mestriner.
Os alunos tomaram conhecimento desse sistema numa aula do sexto semestre de Fisioterapia, quando o professor – que se tornou orientador do trabalho – propôs aos alunos que avaliassem o desempenho de diferentes tipos de material para execução dos procedimentos. Mestriner e Fernandes se interessaram e procuraram o hospital São Lucas, da própria PUCRS, onde conseguiram montar o sistema experimental e levantar os dados necessários para desenvolvimento do projeto. “A idéia inicial era padronizar o processo para usar no próprio São Lucas. O TCC nos deu a oportunidade de experimentar as idéias que surgiam. De algo que não esperávamos, conseguimos publicar até artigo”, comemora Mestriner.
Depois da apresentação do TCC, em agosto de 2007, a dupla continuou com o desenvolvimento do sistema visando o departamento de registro de patentes da PUC. Atualmente, a universidade, que depositou o registro, negocia a comercialização do sistema com empresas da área de saúde. Os trâmites estão sendo resolvidos pela universidade, que é quem levará, caso o processo seja bem sucedido, a maior parte dos lucros. Ainda assim, Mestriner e seu parceiro de TCC também terão retorno sobre o trabalho. “Estamos bem esperançosos de que aconteça. Toda a parte experimental foi feita durante o TCC. A única coisa feita depois foi o artigo”, conta Mestriner sobre o material publicado na revista científica da área de fisiologia respiratória Respiratory Care.
Fonte: http://www.biomedicinapadrao.com/
Postado por Graziele Ribeiro

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

V Simpósio Sergipano de Microbiologia

O grupo de Pesquisa em Microbiologia e Imunologia do DMO/CCBS/UFS, ciente de seu compromisso com a sociedade sergipana e exercitando o dogma universitário de ensino, pesquisa e extensão vem a oferecer dias 31 de outubro e 01 de novembro de 2011, o V Simpósio Sergipano de Microbiologia a ser realizado no Auditório da Reitoria no Campus de São Cristóvão. O mesmo contará com a presença de reconhecidos pesquisadores que proferirão palestras e mini-cursos visando atender os anseios dos alunos das diferentes áreas da nossa Universidade.
A Comissão Organizadora com o objetivo de adequar o programa em consonância com o perfil das atividades exercidas em Microbiologia no Estado de Sergipe, decidiu coletar as sugestões para a construção das diretrizes, ações e estratégias para a Programação do I Encontro de Controle de Qualidade Microbiológica.
Elaboramos um evento de alto nível científico e estamos certos de que o V Simpósio Sergipano de Microbiologia e o I Encontro de Controle de Qualidade Microbiológica será um sucesso.
Contamos com a sua presença para compartilharmos novos conhecimentos.
Um abraço,
Grupo de Pesquisa em Microbiologia e Imunologia
Departamento de Morfologia/UFS

http://sites.ufs.br/vssm

Postado por: Afrãnio F. Evangelista

domingo, 7 de agosto de 2011

Biomédicos atuam em empresas e pesquisas genéticas

biomedicina

     Nem só de análises clínicas vive um profissional com diploma em Biomedicina. As oportunidades para biomédicos têm acompanhado a expansão do mercado de trabalho e a necessidade de profissionais com especializações relacionadas à genética e biotecnologia.
         “A grande parte dos biomédicos atuam nas áreas de pesquisa básica ou no diagnóstico e análises clínicas, mas a procura por profissionais especializados em engenharia genética, fertilização in vitro e biotecnologia tem crescido nos últimos anos”, explica Eloi Francisco Rosa, coordenador adjunto do curso de Biomedicina na Faculdade São Camilo.
       Dados do Sindicato dos Biomédicos Profissionais do Estado de São Paulo mostram que as novas contratações de biomédicos no ano passado aumentaram 23%, em relação a 2009.
       “Os setores farmacêutico, hospitalar e de serviços, onde podem atuar os profissionais de Biomedicina, estão em processo de consolidação, com fusões e aquisições, o que aumenta a gama de oportunidades”, explica Juliana Nunes, sócia-gerente da consultoria Asap.
       O mercado está procurando biomédicos em diversos campos de atuação e com níveis mais altos de formação profissional. “Além das especializações na área acadêmica ou nas áreas de saúde, hoje observamos o surgimento de cursos voltados para gestão de laboratório, medicina nuclear e radioterapia”, diz Rosa.
     Um profissional formado em Biomedicina pode trabalhar também dentro das empresas, segundo Rosa, com correção de materiais científicos e também com a reformulação de laboratórios de pesquisa. "Uma outra tendência é a procura recente dos biomédicos por concursos públicos destinados às carreiras de perito criminal e análises forenses", aponta o coordenador.
      As universidades estão de olho na procura e aumentando o número de cursos de Biomedicina no país. Em 2012, a USP vai lançar bacharelado em ciências biomédicas, com 40 vagas, no ICB (Instituto de Ciências Biológicas, na Cidade Universitária).
Postado por: Graziele Ribeiro
Fonte: http://www.biomedicinapadrao.com/

quinta-feira, 28 de julho de 2011

MICROORGANISMOS DO BEM

Não é razão para espantos, afinal estamos falando daqueles que naturalmente ocupam regiões do nosso organismo.

É comum uma grande massa relacionar microorganismos a doenças e esquecerem-se dos que são responsáveis por manter o equilíbrio natural para o funcionamento adequado do sistema orgânico. Alguns destes são as bactérias que representam mais da metade das substâncias presentes no intestino e que constituem a microbiota intestinal.

Quantificados em cerca de 400 a 500 espécies de bactérias, esses minúsculos seres que habitam o cólon do intestino grosso são capazes de ajudar a digerir os alimentos, sintetizar vitaminas, manter a saúde do organismo, impedindo que outros agentes patogênicos invadam nosso corpo, resistir à acidez do estômago, já que conseguem cruzar as barreiras do estômago e chegar ao intestino, e se manterem vivas. Ainda auxiliam no sistema imunológico, uma vez que em torno de 80% dos anticorpos são formados no sistema linfóide presente no intestino a partir desses seres vivos.

Saibam quais são os locais no nosso corpo que esses micoorganismos abrigam:



Algumas representantes responsáveis pelos benefícios no organismo são as espécies que compõem os gêneros Bifidobacterium, Lactobacillus e Eubacteria e que também podem ser encontradas em suplementos alimentares, ricos em microorganismos vivos, colaborando na melhoria do balanço microbiano intestinal – os probióticos.


Referências:


BRANDT, K.G.; SAMPAIO MAGDA, M.S.; MIUKI, C.C.J.. Importância da microflora intestinal.Pediatria, 2006.

BOURLIOUX, P.; KOLETZKO, B.; GUARNER, F.; BRAESCO, V.The intestine and its microflora are partners for the protection of the host: report on the Danone Symposium "The Intelligent Intestine," held in Paris. American Journal of Clinical Nutrition, v. 78, n. 4, p.675-683, oct. 2003

Revista Science de Dezembro 2010.

SANSONETTI, P.J. The innate signaling of dangers and the dangers of innate signaling.Nature Immunology, v.7, p.1237-1242, 2006.


Angela Alves.